domingo, 29 de janeiro de 2012

Another wish



Hoje apetecia-me abraçar-te.


Sentir o calor do teu olhar, perder-me no teu sorriso e saborear o teu cheiro, aquele que é mesmo só teu.


Olhar-te nos olhos, vendo-me reflectido neles, dizer-te 'És uma idiota!´


Ouvir a tua voz a realçar aquilo que a mente quer, escondendo o que há mais lá ao fundo, mas mesmo assim sabendo que o tempo revela-te.



Para hoje bastava.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Where is it?



Tentei encontra-lo e para isso tive que o procurar...


Num elevador, numa esquina, num beco, num passeio, numa estante, num copo de vidro, num pacote de açucar, num caminho sombrio, num recanto gelado...


Procurei-o por todo o lado, mas nunca o cheguei a encontrar...


Talvez a resposta não esteja assim tão à vista e procurar não seja a solução.


Um dia paro de o fazer.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

That and this

Três dias seguidos a sonhar-te...
Começo a ficar preocupado com a minha sanidade mental...

Até porque todos os sonhos são iguais e acabam da mesma maneira...
E até lá me respondes da mesma maneira, um 'não sei' estático que não permite saber se estarei a fazer as coisas de forma certa, ou se será melhor deixar ir...

Um jardim, uma estátua, um passeio, gente que pára para ouvir as perguntas e sem respostas concretas, um dia ensolarado, um encontro inoportuno e imensas dúvidas no ar...

Termina a irem embora a afastarem-se e a perderem o motivo pelo qual se encontraram...

Não percebo o meu insconsciente.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Linhas desalinhadas

Desalinhadas, tortas, desencadeadas, confusas...

Um dia cruzaram-se e esse teu ar que me trouxe ao sangue calor; Um olhar que me aquece e me deixa tranquilo; Arrefece e mantém-me frio; Estranho conhecer um olhar destes, que tem tantas formas, tamanhos...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A vida dá muitas voltas, a minha ainda não parou de girar




Sentou-se à beira do passeio, como quem espera pelo seu transporte, mas não esperava por nenhum. Queria apenas sentir-se, olhar-se, deslumbrar-se. Olhou para as mãos e sentindo-as vazias, esfregou-as na esperança de pelo menos afastar o frio que sentia. Esse frio que sentia no seu corpo inteiro, nas pernas, nos pés, na cara, nos braços. Todos os seus poros sentiam frio, queriam sentir-se, mas não aquele frio que só o mantinha de cabeça baixa, a olhar para o buraco da estrada, tal como o buraco que sentiu antes de se sentar naquela beira de passeio.


A dúvida abriu o buraco e desta vez não tinha como o fechar, pois antes dessa dúvida, abriu a mão e disse 'Desisto'. Esse que não sabe o que é desistir, decidiu que por muito que fosse importante, que por muito que tivesse dado, talvez na verdade não estivesse pronto.


Deu os seus motivos e as distâncias envolveram o que lhe fazia ficar com medo, receio... Deixou-se falar, sem saber na verdade se foi ouvido, sem ter a certeza de que perceberiam que apenas queria afastar o sentimento e parar de ter medo e receio, para apenas saber o que é ter mais uma pessoa importante na sua vida, sem a afastar de si mesmo.


Nunca saberá a sua opinião, pois é assim que se sabe dar a conhecer, aos poucos.


Saiu de rompante daquele pedaço de chão e dirigiu-se para o conforto, onde sempre o encontrou, entre as suas palavras e os seus pedaços de memórias imortalizados por um disparo, o seu descanso.




Nunca chegará a perceber o que se passou, mas saberá que tentou.




Despedindo-se da forma que mais gosta, mostrando que é humano.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Leave your shell



Um desejo apenas.


Só um; Poderia nunca se realizar, mas pelo menos está pedido.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Esquece o que te faz mal

Sabes que queria fazer agora?
Morder-te...
Rasgar-te a pele com as unhas,
deixar um sinal indelével em ti,
marcar território.
Para que quando outro te despisse, te amasse
te perguntasse: que é isto?
Tu te calasses.
E eu, cicatriz em ti respondesse
"Foi meu, estive cá antes"