terça-feira, 17 de agosto de 2010

Verdade VS Realidade

Dói-me…

E dói-me, não por repulsa ou por ódio. Dói-me por desilusão, por frustração, por angústia...

E dói, porque pensei que fizesse diferença as coisas que digo, mas não fazem... E não passam disso... De coisas que digo...

Não têm processamento de qualquer tipo de máquina de escrever, que quer marcar a página em branco, deixando a sua marca... Até elas deixam marca, mas não as coisas que eu digo... Não aquelas coisas que desejaria que as pessoas me lessem nos olhos e percebessem que realmente saber/ver/ouvir aquelas coisas me doem, não por acaso, ou porque sou mais retrógrada ou fraco que os outros...

Dói porque sou humano, bolas...

Se nem as coisas que digo fazem qualquer diferença, porque é que querem que fale? Para desabafar e ficar tudo na mesma? De que vale a pena então?

Dói e vai continuar a doer...

Sou mesmo um ser diferente, dos últimos da minha espécie! Verdadeiro e sem vícios... A essência do verdadeiro ser reside dentro de quem acredita nisso.

A justiça é inglória e nunca vou chegar a perceber até que ponto isso é verdade, sei apenas que as minhas palavras de pouco valem e dói saber que não mudam nada, nem ninguém... Apenas esconde encobre e oculta...

Mais 3 coisas que odeio e acontecem de vez em quando...

Não sei o que será pior - Viver na dúvida ou Duvidar da vida.


Palavras de pouco valem.....

E



dói


tanto...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Geek


Acho que todos nós gostávamos de uma vez ou outra na nossa vida de fazer um 'rollback' e puder alterar aquele pequeno momento nem que fosse só por uma palavra.

Ter um 'ponto de restauro' e voltar muito tempo atrás e voltar a viver tudo de novo.

Conseguir 'recuperar' memórias e 'executa-las' novamente e mesmo sabendo que teríamos que voltar a 'desinstalar', que teria valido a pena ter aquela memória de volta por horas, minutos, segundos.

Era bom puder 'salvar' esse bocado de vida e voltar a vive-la.

Lembro-me sempre daquele momento em que te dizia carinhosamente 'Então meu velhote, como estás?' e como amavelmente me respondias 'Velhos são os trapos', tenho pena de nunca te ter dito o quão importante foste para mim.

Lembro-me tão bem daquele abraço, aquele teu último abraço, o último teu que tive, o quão triste estavas, e eu de ser tão novo para te saber responder o quão odiava ver-te assim e como te amava incondicionalmente.

Lembro-me dos rebuçados que deixavas para mim na gaveta do quarto, de como te preocupavas em eu estar bem em tua casa. Lembro-me do puré de batata com bifanas feito de propósito para mim.

Lembro-me das noites em que passei em vossa casa, porque não vos queria deixar sozinhos e como gostava da vossa companhia.

Lembro-me de tanta coisa que nem sou capaz de enumerar tudo, e arrependo-me sempre do mesmo.

Arrependo-me de nunca ter dito o quanto gostava de vocês e como me eram importantes.

Espero que um dia (mesmo que não acredite nisso), sim um dia (gostava tanto) nos encontremos e possa tê-los para mim e consiga dizer-vos tudo isso e exista um espaço onde possamos partilhar esses momentos =)

Sinto a vossa falta e nunca vos vou visitar...

Limito-me a apoderar dessas memórias com pequenos registos fotográficos... Pena não ter tido tempo para vos captar nesses registos...